Foto de satélite - Foto:Divulgação
Foto de satélite do norte do Brasil Divulgação

Noruega prorroga acesso público a imagens de satélite das florestas tropicais

Imagens podem ajudar a combater o desmatamento e as mudanças climáticas

O Ministério de Clima e Meio Ambiente da Noruega, por meio da Iniciativa Internacional do Clima e Floresta da Noruega (NICFI), prorrogou até 23 de janeiro de 2025 o acesso público gratuito a imagens ópticas de satélite de alta resolução (<5m por pixel) das regiões tropicais. O objetivo é garantir que os usuários não percam o acesso ao monitoramento por satélite das florestas tropicais antes de uma solução de longo prazo ser implementada.

No início deste ano, o NICFI anunciou uma licitação pública para um novo contrato de quatro anos para a obtenção de dados de satélite, com a possibilidade de duas prorrogações de um ano. Esta nova fase será cofinanciada pelo Bezos Earth Fund, e o processo de um novo acordo de longo prazo está seguindo conforme o planejado, sem ser afetado por esta extensão temporária.

Desde 2020, o NICFI oferece aos usuários ao redor do mundo acesso gratuito a imagens de alta resolução e prontas para análise das regiões tropicais do planeta. As imagens são fornecidas pela Kongsberg Satellite Services (KSAT) e pelos parceiros Airbus e Planet.

Ferramenta no combate ao desmatamento

Desde o lançamento do programa, dezenas de milhares de usuários ao redor do mundo utilizaram as imagens de alta resolução das regiões tropicais. O feedback de governos, sociedade civil, setor privado, academia e outros usuários demonstra que o acesso a dados de satélite atualizados e de alta resolução é crucial para entender e reagir ao desmatamento tropical.

O acesso aos dados do programa de satélite é usado por:

  • Grandes países com florestas tropicais para descobrir, documentar e responder ao desmatamento. Esses dados são essenciais para medir e relatar com mais precisão o impacto das políticas e melhorar as medidas ao longo do tempo.
  • Grupos indígenas na Amazônia, que utilizam os mapas para identificar o desmatamento, suas causas, os responsáveis e alertar as autoridades.
  • Setor privado, em seus esforços para garantir cadeias de suprimentos livres de desmatamento.
  • Mídia, que usou os dados em investigações sobre crimes ambientais na bacia do Congo, no Sudeste Asiático e na Amazônia.
  • Sociedade civil, para responsabilizar governos e o setor privado, monitorando cadeias de suprimentos de produtos associados ao risco de desmatamento.
  • Pesquisadores, com mais de cem artigos revisados por pares publicados com base nos dados do programa.

Com esta prorrogação, a Noruega reafirma seu compromisso de fornecer ferramentas essenciais no combate ao desmatamento e às mudanças climáticas globais.